De acordo com o Relatório Social Mundial 2020, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de dois terços da população do planeta vive em países onde a desigualdade social aumentou.
A propósito, o Brasil é um exemplo de país em que a desigualdade havia reduzido nos últimos anos, entretanto ela está aumentando novamente.
E qual o impacto disso para o desenvolvimento econômico dos países?
Segundo o documento, produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, da ONU, sociedades desiguais são menos efetivas na redução da pobreza, uma vez que crescem desordenadamente, o que dificulta que as pessoas quebrem o ciclo da pobreza e isso afeta diretamente o avanço econômico e social.
Além disso, o aumento da desigualdade social aumenta sem dúvida a instabilidade política do país.
O relatório mostra ainda que inovação tecnológica, mudanças climáticas e imigração internacional também estão afetando a desigualdade.
No entanto, segundo declarou o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, “o rumo futuro desses desafios complexos não é irreversível. Mudanças tecnológicas, migração, urbanização e mesmo a crise climática podem ser aproveitadas para um mundo mais sustentável e justo, ou podem nos dividir ainda mais”, alertou.
Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Em síntese esse é um dos mais importantes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), descritos na Plataforma Agenda 2030, da ONU.
Entretanto, apesar dos países participantes terem se comprometido em alcançar esse objetivo, o que tem se observado é inegavelmente o contrário, uma profunda divisão dentro e entre os países.
E justamente essas diferenças dentro e entre países, de acordo com o Relatório Social Mundial 2020, é que levam as pessoas a migrarem. E quando não gerenciada a migração pode prejudicar não só os imigrantes, mas ainda aumentar a pobreza e a desigualdade.
Ademais, no Brasil, segundo o estudo, a maior parte da migração acontece dentro do próprio país. Ou seja, pessoas de áreas rurais que migram para áreas urbanas. E, apesar de estarem em busca de prosperidade, na maioria das vezes, se deparam com a desigualdade social.
De acordo com o relatório apresentado, as crescentes desigualdades estão beneficiando os mais ricos com alíquotas de impostos mais baixos enquanto crianças de famílias mais pobres e de grupos étnicos mais vulneráveis têm experimentado um progresso lento no que diz respeito à saúde e a educação de uma geração para outra.
Os rápidos avanços tecnológicos das últimas duas décadas têm beneficiado trabalhadores qualificados ou que podem se qualificar. Por outro lado, as novas tecnologias têm prejudicado aqueles trabalhadores com baixa ou média qualificação, que gradativamente estão sendo eliminados a medida que a inovação e a inteligência artificial avançam.
Ao favorecer os que têm acesso as novas tecnologias, o mercado de trabalho aumenta ainda mais a desigualdade, uma vez que o acesso a educação tecnológica nem sempre está disponível para todos.
Por isso, a fim de contribuir com a redução da desigualdade e a diminuição da pobreza, o Comitê para Democratização da Informática (CPDI) oferece cursos gratuitos na área de tecnologia para pessoas de comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade social.
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