Mesmo diante do distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, o Projeto Escola Rural, realizado pelo Comitê para Democratização da Informática (CPDI), continua em atividade, nos três estados do sul do Brasil.

Sendo assim, o Projeto patrocinado pela Philip Morris, com objetivo de levar tecnologia para jovens do campo, filhos de produtores rurais, beneficia milhares de adolescentes.

Dessa forma, os estudantes têm utilizado todo o conhecimento adquirido durante o curso para aplicarem no dia a dia da sua propriedade familiar.

Além disso, a internet e as ferramentas digitais estão sendo bastante relevantes para que os alunos. Eles continuam com os estudos e podem interagir com familiares e colegas, mesmo diante do distanciamento social.

Mostra Virtual de Práticas Agrícolas e Agroindustriais

A partir de uma demanda da comunidade escolar, a Escola Familiar Agrícola de Vale do Sol, no Rio Grande do Sul, lançou recentemente a Mostra Virtual de Práticas Agrícolas e Agroindustriais.

A princípio, estudantes do Projeto Escola Rural e egressos da Escola foram convidados a participar. Assim, cada dia um estudante era o protagonista de uma ação e teve a oportunidade de apresentar suas produções agrárias ou agroindustriais à comunidade.

Dessa maneira, além de divulgar e valorizar o trabalho realizado pelos jovens estudantes, a Mostra também teve como objetivo aproximar os alunos da Escola. Em tempos de COVID-19, professores continuam acompanhando os trabalhos escolares, mesmo virtualmente.

Curso de Ferramentas Tecnológicas e Recursos Digitais

Da mesma forma que outras atividades do Projeto Escola Rural, o ‘Curso de Ferramentas Tecnológicas e Recursos Digitais’, realizado na Escola Frederico Augusto Hannemann, de Vera Cruz/RS, aconteceu em ambiente 100% online.

Oferecido para a comunidade local e alunos da Escola, o curso tem sido bastante elogiado pelos estudantes justamente pelas possibilidades de aprendizado que ele está proporcionando, segundo o professor Douglas Vinicius Stumm.

“Nesse momento de isolamento social, um curso voltado às necessidades locais na área de educação traz um novo animo. Os conhecimentos adquiridos no Projeto são utilizados na prática do dia a dia. Isso faz com que os alunos se sintam maravilhados com a ideia de conseguirem superar dificuldades que vieram com a pandemia”, revela Douglas.

Incentivo a brinquedos e jogos com materiais reciclados

Apoiados pela professora Vanessa Aparecida Stavni, alunos do Projeto Escola Rural da Escola Municipal Prefeito Antônio Rafael Distefâno, de São João do Triunfo, no estado do Paraná, fizeram brinquedos e jogos a partir de materiais recicláveis.

Além do entretenimento, o incentivo da educadora, mesmo que a distância, pelas redes sociais, levou o aluno do 5º ano, Caynã dos Santos Ianhaki a realizar, juntamente com seus pais, uma manta térmica para o barracão da propriedade, com caixinhas de leite.

Essa e outras iniciativas sustentáveis foram aplaudidas pela comunidade escolar, que também entende a atividade como um ato de cidadania.

Aulas a distância utilizando o aplicativo Whatsapp

Na Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul, também no estado do Paraná, a educadora do Projeto Escola Rural, Lindaura Kozlowski, adotou o aplicativo Whatsapp como ferramenta de interação entre ela e os alunos.

Em tempos de pandemia e distanciamento social, o app tão popular para interações sociais, foi muito utilizado também para envio de atividades escolares.

“As atividades se referem a informática básica (Windows, Word, Excel e Internet) e essa semana abordamos conteúdos ligados aos ODS, devido a Semana Lixo Zero”.

A educadora conta ainda que muitas vezes os alunos precisaram sair de casa para conseguirem sinal de internet emprestado de vizinhos para concluírem as tarefas. Mas, de acordo com Lindaura, isso também faz parte do aprendizado de viver em comunidade.

“É um desafio a mais, porém estamos contentes com os resultados. Uma atividade diferenciada que me surpreendeu pela criatividade dos estudantes foi a criação de vídeos. Os alunos revelaram através de gravação como está sendo estudar durante a pandemia”, revela a educadora.

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