Certamente, usar energia solar para produzir eletricidade é uma das formas de evitar a emissão de poluentes no planeta e assim contribuir no combate ao aquecimento global.
Para que isso seja possível é preciso realizar a instalação de painéis que captam os raios solares e os transformam em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico.
Considerada uma fonte de energia renovável e inesgotável, a energia solar tem sido estimulada no Brasil, devido principalmente, ao fato do país possuir grandes áreas com radiação solar.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o crescimento de energia solar no Brasil saltou surpreendentemente de 7 mil, em 2012 para 77 mil, em 2019, em números de sistemas de geração distribuída.
Assim, mais de 15 mil trabalhadores movimentaram o setor em 2018 e os investimentos acumulados no país superaram os R$ 5 bilhões de 2012 a 2019.
Aliás, um outro estudo, realizado pelo Sebrae, sobre a cadeia produtiva do setor no Brasil, reforça o crescimento de energia solar no país. Segundo os dados, a energia fotovoltaica passará da energia com menor representatividade na matriz em 2012 para surpreendentemente a fonte com maior representatividade em 2040.
Ademais, as estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (Epe) também são positivas em relação aos consumidores. De acordo com a Epe, até 2027 serão mais de 1 milhão de brasileiros com geradores solares.
Em razão da popularização da energia solar, a tecnologia fotovoltaica já foi tema de várias discussões que questionam se a fabricação e o despejo dos painéis solares são sustentáveis.
Embora seja usado combustível fóssil para a fabricação de módulos fotovoltaicos, a quantidade de energia gasta é menor de 1/5 da energia limpa que eles devem gerar em seus tempos de vida útil, que vão além dos 25 anos.
A região nordeste do Brasil é inegavelmente onde se concentram a maior parte das usinas solares do país, justamente pela maior incidência de raios solares. Além disso, a instalação é realizada em regiões sem perspectivas agrícolas e que possua vegetação rasteira, com isso, o impacto ambiental praticamente não existe.
A maior parte das placas comercializadas, atualmente, são montadas portanto com células fotovoltaicas a base de silício, que utiliza técnicas de fabricação que liberam sustâncias tóxicas. Entretanto, não causa nenhum mal ao consumidor final. De qualquer forma, padrões de segurança e medidas para redução e correto despejo dos resíduos são exigidos pelos fabricantes para comercialização.
A energia fotovoltaica não utiliza água no seu processo de geração de energia. No entanto, existe o uso da água para a fabricação dos painéis – que é bem menor do que a quantidade utilizada na geração de energia por outras fontes, e na manutenção periódica necessária – onde é feita uma limpeza, mas, sempre com orientações de realizar o processo minimizando o uso desse recurso.
Embora ainda não haja um fluxo de módulos de desuso, parte dos painéis solares são passíveis de reciclagem. Assim, os de células de silício são compostos 90% por resíduos como vidro, polímero e alumínio, porém os outros 10% são prata, estanho e chumbo. Algumas pesquisas já estão sendo realizadas para resolver esse problema, principalmente na Europa, que é o mercado mais antigo de energia fotovoltaica.
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