Com o avanço das novas tecnologias, a inclusão da informática em sala de aula foi ganhando cada vez mais espaço dentro das escolas públicas brasileiras.
Tal fato foi comemorado pelos profissionais da educação que atuam nesse segmento, pois permitiu um maior aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, proporcionou uma diversidade de recursos a serem utilizados tanto pelo professor quanto pelo aluno.
A informática na educação pública, inclusive, é amparada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), que realiza programas responsáveis pela inclusão digital nas escolas.
A partir disso, as instituições públicas recebem computadores para criação de laboratórios de informática e, assim, nascem os ambientes virtuais dentro das instituições de ensino.
Entretanto, segundo especialistas na área de educação, as iniciativas públicas não conseguem atingir todas as escolas. Sendo assim, poucas recebem os recursos tecnológicos que deveriam para um aprendizado realmente eficiente.
Como uma alternativa para auxiliar na inclusão digital de jovens estudantes, algumas iniciativas do terceiro setor têm contribuído para oportunizar o acesso às novas tecnologias a pessoas que vivem em comunidades em situação de vulnerabilidade social.
Bem como o Comitê para Democratização da Informática (CPDI), que proporciona a estudantes de escolas rurais do sul do Brasil, uma maior aproximação com a informática.
Dessa forma, o Projeto Escola Rural tem como finalidade oferecer aos filhos de produtores rurais, a oportunidade de aprenderem mais sobre as novas tecnologias e aplicarem isso nas propriedades.
Ademais, os alunos passam a ter uma visão mais crítica e empreendedora do espaço onde vivem e, assim têm a oportunidade de auxiliar a família no campo com atividades que incluem criação de planilhas de custos e organização das rotinas de trabalho.
Sendo assim, utilizando a tecnologia para otimizar o dia a dia no campo, muitos jovens percebem que continuar os negócios da família pode ser uma boa opção.
“A informática tem muitas ferramentas que podem nos auxiliar na propriedade e isso, certamente, nos incentiva a permanecer no campo. Não precisamos sair do meio rural para ter acesso a essas tecnologias. Sabemos que todas as informações necessárias para crescermos profissionalmente podem estar ao nosso alcance”, reflete Diego Gustavo Scherer, aluno da Casa Familiar Rural, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Contudo, em Santa Catarina, o desenvolvimento de robótica e a programação de aplicativos são trabalhados durante as aulas do Projeto Escola Rural.
Dessa forma, alunos da Escola Victor Meirelles, no município de Vitor Meireles, usaram a informática para construir alternativas para a limpeza de rios e córregos.
Esses espaços que antes estavam assoreados por causa das enchentes frequentes na região, agora ganham protótipos como uma solução para a problemática.
“É muito interessante saber que por meio das tecnologias podemos montar e executar de robôs que podem enfim contribuir para resolver problemas da nossa realidade”, revela a aluna Julia Thamires Marchall.
Se você tem interesse no assunto, acesse também nosso artigo Os desafios das escolas rurais no Brasil e boa leitura!
Atenção: Os comentários abaixo são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores e não representam, necessariamente, a opinião da CPDI