Graduanda de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maria Eduarda Bezerra, de 22 anos, é natural de Florianópolis e mora com os pais, no lado continental da Ilha de Santa Catarina.
Dessa forma, por ter uma identificação com causas sócio-ambientais, Maria revela sentir orgulho de atuar em uma Organização da Sociedade Civil que tem como um dos pilares a sustentabilidade.
Ministrante do curso de desenvolvimento de aplicativos, Floripa App’s, no Comitê para Democratização da Informática (CPDI), desde 2017, Maria Eduarda acredita que o projeto é uma oportunidade de levar conhecimento de informática para dentro das escolas e centros de ensino públicos.
Maria conta que desde que a pandemia do novo coronavírus se intensificou e as instituições de ensino fecharam, todos que atuam na área de educação precisaram se adaptar, uma vez que as aulas passaram a ser online.
“Atuar como educadora durante a pandemia está sendo bastante desafiador. Em síntese, as principais barreiras que encontro são em relação a comunicação e ferramentas. Afinal, muitos alunos não possuem celulares e computadores em casa e acabam tendo que estudar em condições não ideais”.
“Acredito que a informática vem para nos aproximar nesse momento de distanciamento e isolamento social. Estamos repensando sobre maneiras diferentes de levar o conteúdo até o aluno de uma forma diferente da que estávamos acostumados. Entretanto, vejo que quem já teve a oportunidade de participar dos cursos do CPDI em anos anteriores, hoje tem mais facilidade de encarar essa mudança”.
Dessa forma, Maria Eduarda tem consciência que a área da educação não ficará avessa a essa transformação e terá que se adaptar ao meio digital.
“Teremos que buscar as melhores e mais efetivas formas de passar o conteúdo aos alunos sem haver perda na qualidade. Em suma, acredito que ainda surgirão muitas ferramentas novas para trazer a sala de aula para a tela do celular e do computador. Também imagino que a partir disso, os professores possam ser mais valorizados e passem a receber auxílio e treinamentos para atuar na área digital. Muitos não estavam preparados em oferecer aos alunos condições de aprendizagem ideal”.
Sob o mesmo ponto de vista, Maria Eduarda revela que é inspirador trabalhar no CPDI sabendo do potencial transformador da instituição.
“Tenho orgulho de ser parte integrante desse movimento e atuar como uma ferramenta de justiça social e inclusão da população que vive em situação de vulnerabilidade. O CPDI oferece a oportunidade para todos aprenderem. No curso, recebemos alunos que nunca tiveram contato com um computador. Antes, o conhecimento deles limitava-se a mexer no celular. Ouço histórias de crianças e adolescentes que saíram do projeto realmente transformados”.
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