Com a crise social e econômica agravada pela pandemia da COVID 19, no Brasil , algumas instituições do terceiro setor vêm chamando a atenção para a importância das doações e contribuições nesse momento de enfrentamento ao novo coronavírus.
Aliás, muitos empreendedores sociais acreditam que a pandemia possa ser precursora de uma mudança estrutural de valores, atitudes e comportamentos na sociedade. Afinal, estamos vivendo um momento de solidariedade nunca visto antes.
Para Rodrigo Baggio, presidente da Recode, uma organização social que utiliza a tecnologia como ferramenta para o empoderamento, o Desafio Recoders foi uma atividade lançada, recentemente, justamente para que o trabalho realizado com quem vive em situação de vulnerabilidade social não seja interrompido durante a pandemia.
A iniciativa oferece para jovens a oportunidade de aprender sobre tecnologia e criar ações virtuais que solucionem problemas relativos às suas realidades durante a crise.
“Temos potencial de criar um novo sistema, mas, para isso precisamos colaborar e trabalhar em equipe. A humanidade dá saltos em grandes momentos, como guerras e epidemias. Podemos usar esse momento para crescer como seres humanos e construir um mundo melhor”, revela o presidente e também fundador da Recode.
Em meio às mudanças de paradigmas que estamos vivendo, o medo de contágio e o isolamento social podem ser ótimas oportunidades para exercitarmos a empatia.
Acompanhamos pelos noticiários e pelas redes sociais que as ações voluntárias se multiplicaram durante a crise do coronavírus. E tudo isso com a intenção de proteger aqueles que mais precisam de ajuda nesse momento.
Afinal, sabemos que a situação delicada que vive os moradores de periferias em meio à pandemia mobilizou pessoas e aflorou o impulso de contribuir por uma causa social.
Para os empreendedores sociais brasileiros, a colaboração não tem limite e nem forma definida. O que vale é participar ativamente desse momento, como voluntário.
E, enquanto os governos definem as políticas públicas para impedir o agravamento da crise humanitária nos próximos meses, nossa missão como cidadãos é colaborar para fortalecer ainda mais essa grande corrente de solidariedade.
Contudo, diante dessa pandemia, nem só quem trabalha nos meios digitais tem utilizado a tecnologia para expressar e combater os efeitos do isolamento social e a preocupação com o futuro da população.
A internet tem auxiliado na disseminação da informação, que se faz extremamente importante nesse momento. Além disso, é a rede que vem contribuindo para a continuidade da educação escolar, já que as instituições estão fechadas no país.
Para a pedagoga Cleusa kreusch, coordenadora pedagógica do Comitê para Democratização da Informática (CPDI), uma Organização da Sociedade Civil que tem como missão transformar vidas através da tecnologia, esse é o momento de usar essa ferramenta como aliada para disseminar a informação e combater os impactos da crise.
“Nesse momento que estamos isolados, por recomendações da OMS, a tecnologia está sendo essencial para nos manter conectados e unidos no enfrentamento ao coronavírus. O ambiente digital proporciona continuarmos trabalhando a distância na educação de crianças e jovens e ao mesmo tempo engajar a população nas causas sociais. Afinal os problemas que envolvem essas comunidades não começaram com a pandemia e nem vão cessar com ela”, afirma Cleusa.
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